Eddie Trunk compara Dave x Sammy no Van Halen

Postado em 22.05.2014 - Fonte:  VHND.com
 


A grande personalidade do rádio, Eddie Trunk, chamou o Van Valen de "O Led Zeppelin da América". Ele especificamente dizia isso sobre o antigo Van Halen, dizendo que as gravações da  fase com David Lee Roth eram novas e estonteantes até hoje, como ele jamais tinha visto.
E agora, em seu livro "Eddie Trunk - Hard Rock essencial e Heavy Metal", ele resolve falar sobre a comparação polêmica entre a fase Dave e a fase Sammy no Van Halen:


 

Quando Sammy Hagar substituiu Roth em 1986 para o álbum seguinte, "5150", eu estava em choque. Eu já era um fã da antiga banda de Hagar, (Montrose), e também do seu trabalho na sua carreira solo, e eu estava ansioso para ver o que um vocalista com essa magnitude poderia trazer para a banda e como seria o processo de composição com Eddie. Eu amei o disco 5150 e muito dos discos da fase Sammy no Van Halen - eles eram definitivamente diferentes da era David Lee Roth, para melhor, mas para mim, igualmente cool, e mais musical. David Lee Roth era um grande Frontman com certeza, porém ninguém certamente o chamaria de um grande cantor ao vivo. Sammy, por outro lado, era um poderoso vocalista, abrindo as possibilidades musicais do Van Halen, deixando Eddie apto a entrar em caminhos musicais que não poderia com as limitações vocais de Roth.

"Eu ví o Van Halen várias vezes com Hagar, e ainda tive a chance de entrevistá-los. Eu amei quando a banda deixou Sammy tocar alguns sons do seu material da carreira solo e mesmo fazer algumas Jams com sons do Montrose. Hagar relatava que a audiência era sensacional, e a fase Hagar levou o Van Halen mais para o lado musical do que um ato de circo. Hoje em dia, contudo, eu prefiro os álbuns do Van Halen na fase Roth. Voltando naquele tempo, a banda era mais limitada pelo alcance vocal de Roth, porém eles eram mais consistentes como banda e os álbuns se tornaram ícones eternizados no tempo. Mas, espere! Eu não sou daqueles que xingavam a fase Hagar - For Unlawful Carnal Knowledge e 5150 foram grandes álbuns com ele. 




Eu encontrei Eddie Van Halen apenas uma vez, durante a turnê do disco Van Halen III - que estrelava o ex-vocalista do Extreme, Gary Cherone, nos vocais, e que teve vida curta no Van Halen. Os caras estavam tocando no Madison Square Garden, e a venda de ingressos não estava sendo boa. O diretor do programa da estação de rádio que eu estava trabalhando me disse que Eddie poderia ligar no meu show em 30 minutos para conectar no Garden show ao vivo. Eu não tinha muito tempo para me preparar, mas eu não precisava. Era Eddie Van Halen!! No ar, Eddie convidava os fãs para virem ao show e ver Gary como o novo cantor. Eu era fan do Gary na sua antiga banda, Extreme, e eu sabia bem de sua história. Eddie me parecia impressionado de que eu tinha minhas informações e não estava somente lendo coisas de uma biografia pronta.  Assim ele me perguntou se eu poderia ir ao show e me encontrar com ele.

Eu fui ao Garden naquela noite não realmente esperando encontrar o legendário Eddie Van Halen. Eu pensei que ele apenas estava sendo legal com um cara como eu, que trabalhava em uma rádio local, e pensei que ele iria me deixar alguns ingressos na portaria. Mas eu cheguei lá e me deram ingressos para as cadeiras em frente ao palco e passes para o Backstage, em um envelope com o meu nome. Logo depois de me sentar, um roadie da banda veio e me disse: "Eddie quer te dizer um Oi". Claro, Eddie tinha cumprido sua palavra. Eu andei para os fundos do Madison Square Garden, passei pelas salas dos camarins e cheguei em uma com uma placa escrito "Afinação". Lá, sentado sozinho, segurando uma guitarra, com um cigarro na boca, estava "o cara", o único Eddie Van Halen! Eu me comportei normalmente, o mais que eu pude, mas por dentro eu estava dizendo "Pouts grila!". Nós conversamos um pouco, ele me agradeceu pela entrevista e me falou sobre o novo álbum da banda e a nova turnê, e então eu o deixei para preparar-se para o show daquela noite. Eu tinha uma regra de nunca pedir para músicos tirar fotos comigo, sendo que eu achava que isso mudava o potencialmente a dinâmica do relacionamento, mas aquela foi uma noite em que eu quebrei esta minha própria regra! (Anos depois, eu fui informado que Eddie e sua esposa tinham assistido o "That Metal Show" em casa, o que me deixou muito orgulhoso).

Agora que a reunião do Van Halen com David Lee Roth tomou a cena, eu penso que também seria a hora para uma reunião com Hagar. Eles teriam uma grande demanda de fãs que gostariam de ouvir e cantar novamente os sons da fase Hagar novamente. Para mim, a reunião com Roth ficou faltando um pedaço porque eu sinto falta dos sons da fase Hagar e também sinto falta do Michael Anthony, que foi excluído no baixo. O filho de Eddie, Wolfgang, fez um trabalho admirável, especialmente considerando a sua idade, mas eu sinto falta da presença de Mike. Ele ficou fora da reunião por conta de sua aliança com Sammy Hagar. Assim, eu fiquei feliz por Michael, que é um cara legal, quando Hagar montou o seu supergrupo, Chickenfoot, formado com Michael no baixo, porque isto daria a ele uma banda real novamente.



Eddie Trunk lista seus sons favoritos do Van Halen:

1.  Hear About It Later
2.  Judgement Day
3.  Good Enough
4.  Somebody Get Me A Doctor
5.  Love Walks In
6.  Atomic Punk
7.  On Fire
8.  In A Simple Rhyme
9.  Romeo Delight 
10. Light Up The Sky 
11. Little Dreamer
12. Girl Gone Bad
13. Poundcake
14. Fools
15. D.O.A.

Este texto foi extraído do primeiro livro de Eddie Trunk, "Eddie Trunk Essential Hard Rock and Heavy Metal". Eddie Trunk é um historiador da música americana, personalidade do rádio, apresentador de Talk shows, e autor, mais conhecido como apresentador de diversos programas de rádio e TV sobre Hard Rock e Heavy Metal, incluindo o That Metal Show.